Depressão: entender para tratar
A depressão é caracterizada por estado de humor depressivo e/ou falta de interesse, motivação, redução na energia mental e física, baixa autoestima, sentimentos de menos valia, inutilidade, ausência da capacidade de sentir prazer, alegria e felicidade. Pode apresentar ainda alentecimento neuropsicomotor (movimentação e pensamentos mais lentos), alterações no padrão de sono, do apetite, e da função sexual. Pode haver ainda, tendência ao isolamento social e dificuldades de expressar o que está sentindo.
Frequentemente, o indivíduo pode apresentar a sensação de que a vida perdeu o sentido e pensamentos de morte e comportamento suicida podem aparecer. Nesse estágio, o paciente está precisando de ajuda médica.
O quadro depressivo varia sensivelmente de acordo com cada pessoa e é comum que haja oscilação do quadro com o passar do tempo, por exemplo, o indivíduo pode se sentir bem durante um período do dia, mas durante outra fase, apresentar sintomas depressivos. Isso pode atrasar a busca por ajuda médica, sendo necessária a intervenção de familiares para que isso aconteça.
A depressão pode constituir-se de um único episódio, mas é comum a recorrência de episódios depressivos ao longo do tempo. O transtorno depressivo compromete seriamente as relações afetivas, profissionais, acadêmicas e cognitivas, comprometendo inclusive a saúde clínica do indivíduo.
O aumento do estresse relacionado às demandas da vida moderna são uma das causas da depressão que tem origem multifatorial, dependendo de fatores genéticos e hereditários, fatores ambientais, como o luto por uma perda de ente familiar ou de um emprego, experiências situações traumáticas, como a violência. A depressão pode aparecer ainda de uma condição clínica, pelo uso de algumas medicações ou ainda pelo consumo de substâncias psicoativas.
O diagnóstico deve ser feito por um médico, psicólogos e outros profissionais de saúde podem identificar sintomatologia depressiva e encaminhar ao especialista para confirmar o diagnóstico.
Os sintomas devem estar presentes por, no mínimo, duas semanas, causando prejuízo em áreas importantes da vida do indivíduo, sendo necessária detalhada investigação clínica para descartar outras doenças como causadoras dos sintomas.
Atualmente, há recursos diversos e eficazes para se tratar a depressão. Mesmo nos episódios depressivos leves já podem ser disfuncionais. O tratamento, portanto, deve ter como foco a melhora e recuperação global, que geralmente se faz com uso de medicamentos associados a psicoterapia.
No primeiro episódio, o tratamento dura cerca de oito meses a um ano, e nos casos de depressão recorrente, o tratamento dura por um período bem maior para evitar recaídas e recorrência de novos episódios da doença.
A manutenção de hábitos de vida saudáveis é fundamental e inclui um cuidado especial com a rotina de sono, alimentação, prática de atividades físicas e abandono ao uso de álcool e substâncias psicoativas.