Esquizofrenia: o que é e como tratar

17 de fevereiro de 2020 Gratular

O que é?
Esquizofrenia é uma doença em que a pessoa, em alguns momentos, apresenta sintomas psicóticos, e, em outros, de melhora. A psicose é definida por alterações dos pensamentos (delírios) e da percepção (alucinações) e momentos em que os sintomas melhoram. Os delírios são crenças falsas que tomam contada vida da pessoa e afetam o entendimento da realidade. Em geral, as alucinações são auditivas, as pessoas ouvem vozes ou barulho que não existem de fato e atrapalham a vida. É comum que a pessoa se sinta perseguida ou vigiada e que essas vivências tenham relações com as alucinações. Esse quadro caracteriza um episódio psicótico agudo (*surto psicótico*), que, quando tratado adequadamente, melhora.

Causas da Esquizofrenia

A esquizofrenia é uma doença causada por alterações do funcionamento cerebral e que é determinada por fatores genéticos (genes que aumentam o risco de desenvolver a doença) e por fatores ambientais, tais como: uso de drogas e grandes traumas emocionais.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é clínico e deve ser feito por um psiquiatra ao longo de um período de acompanhamento. A forma de apresentação varia de paciente para paciente, com múltiplas combinações de sintomas envolvendo disfunções emocionais, comportamentais e cognitivas, tais como: delírios, alucinações, assim como conversa desconexa, catatonia, isolamentos social e diminuição da expressão afetiva.
O primeiro surto psicótico costuma acontecer entre 16 e 25 anos e é precedido por vários sinais que podem ser identificados por familiares e pessoas próximas, como, por exemplo: isolamento, mudança de comportamento e de percepção, estranhamento. O diagnóstico precoce é fundamental para a eficácia do tratamento e a minimização do sofrimento da doente e de todos os envolvidos.

Qual é o tratamento

No tratamento da esquizofrenia, é fundamental o uso de medicamentos antipsicóticos combinados com terapias psicossociais. O foco do tratamento é a remissão dos sintomas psicóticos e a prevenção de recaídas. As medicações antipsicóticas são fundamentais, tanto para episódios psicóticos agudos quanto pra prevenir novos episódios agudos, evitando internações.
Devem ser combinados com:
Psicoterapia;
Terapia ocupacional;
Grupos de convivência de pacientes e familiares;
Terapia familiar
Mesmo quando não há remissão de sintomas na fase entre as crises, o tratamento contínuo multidisciplinar é o caminho mais seguro em direção a uma vida com mais qualidade para o paciente e para seus familiares.

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