Dependência de nicotina
O tabagismo é considerado uma pandemia, sendo a maior causa de morte evitável do mundo. Mesmo com o avanço no conhecimento em relação aos malefícios do fumo, ainda em 2015, mais de 1,1 bilhão de pessoas fumam no mundo, sendo a prevalência muito maior em homens do que em mulheres.
A consequência do consumo dos produtos do tabaco é tão grave, que o número de mortes por doenças relacionadas ao tabaco ultrapassa 5 milhões por ano desde 1990.
Para o diagnóstico são necessários três ou mais características no ultimo ano, o que já configura dependência:
– forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substancia.
– dificuldade em controlar o comportamento de consumir o cigarro em termos de início, término e quantidade
– estado de abstinência fisiológico quando o uso da substancia cessou ou foi reduzido.
– tolerância, ou seja, o aumento das doses da substancia é demandado para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas
– abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor de uso da substância, com aumento do tempo necessário para obter a substancia ou para se recuperar de seus efeitos
– persistência do uso, a despeito da evidencia clara de consequências manifestamente nocivas.
O tabagismo é uma doença complexa e multifatorial que envolve diversos aspectos e o seu tratamento deve seguir a mesma linha.
Ajudar alguém a parar de fumar é a medida mais importante para a melhora da saúde do paciente. O tabagismo acarreta, em média, perda de 10 anos de vida e deixar de fumar nas idades de 30, 40, 50 e 60 anos reduz a perda de anos de vida em 10,9, 6 ou 3 anos de vida respectivamente. Ou seja, em qualquer idade, é importante deixar o cigarro e quanto mais cedo, melhor.