Transtorno do Pânico
Transtorno do pânico: o que é.
Um ataque de pânico é uma crise de ansiedade intensa, de início súbito, repentino, em que há muito medo ou desconforto intenso, que dura cerca de dez a vinte minutos, resolve-se em aproximadamente sessenta minutos e pode cursar com pelo menos quatro dos seguintes sintomas:
Medo de morrer;
Medo de enlouquecer;
Sensação de falta de ar ou sufocação;
Suor frio ou calafrios;
Tremores;
Palpitações ou sensação de aceleração cardíaca;
Dor ou desconforto no peito (sensação de angústia);
Náuseas ou desconforto abdominal;
Tonturas, sensação de desmaio iminente;
Dormência ou formigamentos;
Sensação de estar em choque;
Sensação de estar fora de si ou desconectado da realidade;
Como muitos dos sintomas do ataque de pânico são similares aos das doenças cardíacas, distúrbios da tireoide ou pulmonares, não é incomum que muitos pacientes procurem emergências clinicas quando experimentam os sintomas, convencidas de que possuem alguns problemas que lhe ameacem a vida.
O transtorno de pânico, portanto, acontece quando há uma repetição dos ataques de pânico e a pessoa fica preocupada com a possibilidade de ter um ataque de pânico em situações inesperadas ou constrangedoras. Alguns portadores do transtorno passam a evitar situações ou lugares em que haja a possibilidade de apresentar um ataque de pânico, com risco menor de serem socorridas ou de procurarem ajuda, o que costuma-se chamar de agorafobia. A agorafoia acontece, quando o individuo passa a evitar lugares públicos, fechados, com quantidade maior de pessoas, onde a fuga imediata pode ser dificultada, como supermercados, shoppings, ônibus, igrejas, festas, etc. Uma a cada três pessoas que contrai o transtorno do pânico acaba desenvolvendo agorafobia.
A causa do transtorno de pânico é uma somatória de fatores genéticos e ambientais, sendo duas vezes mais comum em mulheres que em homens. Estudos indicam desregulação de mediação das respostas de medo e ansiedade de regiões cerebrais em portadores do transtorno.
O tratamento é feito, usualmente com psicoterapia associada a medicações que inibem a ocorrência de novos ataques e que inibem as alterações cerebrais subjacentes, fármacos esses tradicionalmente chamados de antidepressivos. Em alguns momentos, principalmente no inicio do tratamento, pode-se lançar mão de medicamentos chamados ansiolíticos para serem usados nos momentos dos ataques e reduzirem momentaneamente os sintomas ansiosos, melhorando a adesão ao tratamento e inclusive a adesão à psicoterapia.